Kibando e andando

10 02 2009

Porque eu teria que ser criativo no título, se o mau caráter autor do maior blog de humor do Brasil não precisa…

LulaLOL – 29 de janeiro

Kibeloco – 09 de fevereiro

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E o pior é que o LulaLOL é muito melhor. Mais ousado, mais direto, mais criativo.
O outro precisou explicar a piada…O Kibeloco está provando sua vocação para “Sai de Baixo” da web.





Pirão primeiro

27 10 2008

Eu ia fazer algumas considerações sobre a derrota do Gabeira aqui no Rio, mas recebi um post do ‘Pirão sem dono’. Abaixo, um trecho:

‘Gabeira não foi derrotado por um feriado. Foi derrotado por um dia de sol, foi derrotado pelos seus próprios eleitores, pelo principado do Bracarense, pela república do Jobi, pela intelectualha que preferiu viajar para a Região dos Lagos, para Angra dos Reis, para o quinto dos infernos a ter que permanecer na cidade e comprir uma obrigação cívica. Não, a insolente Zona Sul não cumpre ordens, não se mobiliza, não se responsabiliza. Festa da democracia, para ela, não é festa. Festa tem que ter brilhos, bebidas, carros potentes, glamour, confete e purpurina. Perder cinco minutos de um fantástico dia de sol, desta celebração hedonista que suplanta qualquer outra necessidade, para melhorar a vida de si mesmo e dos outros numa eleição? nem pensar. Como costuma dizer o carioca típico, foda-se.’

Não usaria essas palavras exatamente. Mas era mais ou menos esse o espírito do que eu ia escrever. Para ler na íntegra, clique aqui.





Ambilevidade

22 10 2008

Ambilevidade é o nome que se dá à dificuldade que alguns indivíduos tem em diferenciar os lados direito e esquerdo. Acho que estou sofrendo de ambilevidade.

No Rio de Janeiro, logo que se definiu o segundo turno das eleições para prefeito, como é comum em uma disputa política, delineou-se o clássico embate direta/esquerda. Mas tem alguma coisa aí que não está muito clara.

Eduardo Paes é o candidato da esquerda (é apoiado pelo PT, PC do B, etc) e Fernando Gabeira é o candidato da direita (respaldado pelo PSDB e DEM). Este é, por si só, um quadro bastante confuso para quem acompanha política há algum tempo. Soma-se a isso algumas outras peculiaridades: o candidato da direita é a favor da legalização da maconha, defende as prostitutas, tem apoio da classe artística e de personalidades como Leonardo Boff e Marina Silva. O candidato da esquerda é contra a regularização da profissão de prostituta, é contra a liberação da erva, tem a benção da Igreja Universal e chamou o presidente Lula – que apóia sua candidatura – de ‘chefe de quadrilha’

Acho que estou sofrendo de ambilevidade. Ou então foi só mundo que virou de cabeça pra baixo.





Eleitoons

5 10 2008

Hoje é dia de eleições para prefeitos em todo Brasil. “É a grande festa da democracia brasileira, amigo!”, diria Galvão Bueno. Diante de data tão especial, peguei-me pensando de forma mais crítica acerca do espaço ao nosso redor – ao meu redor, pelo menos – e percebi que nossos governantes acham que vivemos em um desenho animado. Estilo Looney Tunes.

Sempre gostei do lado metafísico dos desenhos animados. O impossível. O surreal. Tipo quando o Coiote pinta um túnel no morro pra enganar o Papa-Léguas, mas é o pássaro que engana a realidade. Ele atravessa o túnel, o filho-da-puta. E o Coiote, se tentar segui-lo, cai na própria armadilha. Dá com a cara no morro. Ou é atropelado por um trem mais metafísico ainda. No Rio, tem tempo que já usam essas táticas com a população.

Na frente do meu trabalho, por exemplo, passa o metrô. Pelo menos é o que está escrito no pequeno ônibus prateado que, querem me convencer, é metrô. Ele nem pára no ponto de ônibus em frente ao shopping. Lógico que não. Ele não é ônibus, é metrô. Tá escrito lá, caramba.

Você pode argumentar que é econômico, por conta da integração. Bacana, mas chama de integração, não de metrô. Metrô é outra coisa. Ele ajuda a solucionar problemas de trânsito, transporte, poluição. Problemas criados por ônibus em excesso. Não adianta pintar de cinza e chamar de metrô. Na vida real, o Papa-Léguas não passa direto.





Vida severina

5 09 2008

Sererino Cavalcanti foi aquele presidente da Câmara que, pego com a mão na caixa registradora de um restaurante da digníssima Casa, renunciou, fugindo da cassação de seu mantato. Atualmente é candidato a prefeito numa cidade pernambucana, mas pode voltar à Câmara como suplente do deputado Gonzaga Patriota.

Severino deu entrevista à Mariana Amaro, da Veja. Começou assim:
– Severino está de volta? – perguntou Mariana.
– Estou sim. Faço política por amor. Só largo quando morrer e for para o céu.

A repórter continuou – O senhor acho que tem chances de ser eleito? 

 Mas aposto um chope como ela deve ter pensado: O senhor acha que tem chances de ir para o céu?





Os amigos do Millôr

15 04 2008

“Então eles não estavam fazendo uma
rebelião, mas um investimento.”
Millôr Fernandes
 

Ao ser questionado sobre reação pública à indenização milionária que recebeu (assim como seu companheiro Jaguar), Ziraldo deu uma aula de elegância. 

– Eu quero que morra quem está criticando. Porque é tudo cagão e não botou o dedo na seringa. Enquanto eu estava xingando o Figueiredo e fazendo charge contra todo mundo, eles estavam servindo à ditadura e tomando cafezinho com o Golbery. Então, qualquer crítica que se fizer em relação ao que está acontecendo conosco eu estou me lixando.

Não tomava cafezinho com Golbery, mas tomava uísque com censor. História ouvida do próprio em uma sala de aula da UFRJ, na Praia Vermelha. Se foi uma fábula para impressionar estudantes, só seus cabelos brancos saberiam.

Maluquinho, esse menino. Inaugurou o direito prévio de resposta. Se você pensa em criticar o Ziraldo, fica à vontade. Ele já te respondeu. Ele está se lixando.